domingo, 17 de abril de 2011

Luz.



Não há nada neste mundo que faça mudar um sentimento, nem as palavras mais afiadas, muito menos as flores perfumadas... O que cabe à nós é deixar o tempo levar com o vento as palavras ditas ou se trancar no quarto obscuro dos olhares que acusam. De certo temos a morte, de dúvidas temos a vida toda; Mas o que causa espanto nos outros e até em nós mesmos são as nossas verdades. Caminha pra frente, perde o chão, tropeça no caminho mas ninguém pode contra a verdade; Como chama de fogo queima e arde, mas também se faz luz.

sábado, 2 de abril de 2011

Only One



Fico aos soluços horas a fio na varanda revezando silêncios e gemidos desesperados de dor. Olho fixo para o distante e ardo na falta. Construo e destruo ilusões, acabo sempre me lamentando pelos inesgotáveis desafetos; E dói. Penso tanto nas pessoas, escrevo cartas pra ninguém, bebo e fico paralisada em frente a janela. O telefone mudo, um silêncio insuportável nos tímpanos e uma lembrança maçante no peito. Seria capaz de desistir de mim para ser com você tudo o que sou incapaz de ser sozinha. Te espero chegar como acaso do meu destino ou descuido do mesmo. Te procuro no sólido e no que não se avista. Estava completamente sóbria e nem um pouco calma. Tocou-me tão fundo que agora tudo é pouco.
Espero sua chegada, espero minha vinda. Estou apartada do mundo, refugiada de tudo que não leva teu nome. Não posso ficar presa nessa ausência de reconpensa. Ausência de tudo o que me conforta. Incapaz de balbuciar o amor de outro homem ou acreditar que passará para ser esquecimento. Tenho um passado ainda quente que às vezes me tortura, e um futuro imenso que gero com a esperança de que volte para me trazer sentimentos bons infinitos enquanto duro.
Não culpo minha greve de felicidade pela tua partida, e sim por minha incapacidade de nunca nada (até o ainda desconhecido) me bastar. Vou deitar e calar a voz e a mente, não por impulso, mas por obrigação. Preciso me convencer que logo o tempo desloca esse desespero. Preciso conservar o que ainda me resta de isento.