O vazio nem sempre é solidão.

É tão complicado ter que ficar e ver que não restou quase mais nada; A sala, o quarto, a casa toda praticamente vazia ecoa o silêncio que a noite faz. Eu não me sinto nada à vontade com sua ausência.
O aperto no peito é constante, nem sei quanto tempo se passou...
As folhas balançam lá fora numa dança frenética enquanto aqui dentro tudo é solidão.
Tentaria dizer que em mim nada mudou se não soubesse toda a verdade; Um dia houve uma menina com sonhos e medo da vida, hoje há uma menina quase mulher que ainda sonha, mas que encontrou forças para enfrentar seu medo...Essa força costumam nomea-la de amor.
O que poderia fazer se antes não havia conhecido ninguém que me fizesse mudar tanto ao ponto de morrer de saudade instantes após sua partida?
Minhas mãos estão frias, o vento bate na janela com força e a chuva já volta a cair molhando tudo lá fora... Os trovões não me assustam mais, mas o sono não vem.
Se eu dormisse até que chegasse a hora de te encontrar novamente sei quais seriam exatamente meus sonhos.
Fácil demais evitar amar, mas depois é impossivel esconder, seria tão tolo guardar dentro do peito uma coisa tão grandiosa.
Desculpa se você não sabe do que falo, não me culpe se a vida ainda não te ofereceu a felicidade de amar e ser amado, mas pense pelo lado positivo, você não tem do que sentir saudade, não sente falta de abraços e beijos, não se tortura contando minutos do seu dia em frente ao relógio.
Que triste é a vida de quem ama, mas mais triste ainda a de quem não sabe o que é amar.
Me sinto vazia, me sinto só, mas é só a saudade batendo na janela com o vento.