terça-feira, 18 de janeiro de 2011
Recompensa.
E vive assim, na espera. Espera tanto mas nunca se cansa, incontestavelmente não se cansa. Olha no relógio, espera, espera ligações, espera a chuva passar, Espera a noite... Espera tanto porque sabe que tem recompensa,por mínima que seja. Sente-se satisfeita e orgulhosa, não por ter chego o que tanto espera, mas orgulha-se por saber esperar... Mesmo que em desespero, mesmo que se renda ao sono quando demora demais. Feliz sim, mesmo que angustiada. Nenhuma noticia, ninguém batendo à sua porta, ninguém à dizer que a espera la do outro lado da cidade... Mas espera. Um oi-como-vai; outro depois-nos-falamos; Mesmo que pareçam facas essas palavras se faz de contente e concorda; Se faz de contente mas nunca se faz de forte... Pois sabe que ser forte demais cansa. Cansa quem tenta destruir e cansa quem aguenta. Força no amor nunca foi o suficiente e assim ela somente disfarça. Sabe que pode as vezes estar sozinha mas isso não abala. Lhe basta companhia... E espera porquê sabe que uma hora chega...Empurra com a barriga o que pesa demais nas costas; E assim ela pode depositar no outro todo esse amor que, enquanto espera acumula mais e jamais joga fora como se não tivesse valor... Porque sabe que na verdade, amada ela é por juntar fragmentos de amor durante todo o tempo.
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