quinta-feira, 1 de abril de 2010

Nicotina e uma saudade.



Tragos na madrugada, som ambiente acompanhado de um chá qualquer. Já estaria no segundo maço se o tivesse em minhas mãos. Vou dormir com a cabeça rodando, mas não é pelos 20 cigarros, vou deitar sem ar porque ele me deixa assim. Mas mesmo quando eu acordo, ainda estou assim; O cheiro daquele corpo persiste no meu durante dias. Guardo, preservo, cheiro o cheiro daquele cheiro grudado no meu. E basta fechar os olhos pra naufragar outra vez e cada vez mais fundo naquela boca. Minhas mãos escorrendo por aquele peito. Algumas coisas então param, as coisas param. Os automóveis nas ruas, os relógios nas paredes, as pessoas nas casas, as estrelas que não conseguimos ver aqui no fundo da cidade escura. Olho no poço daquele olho escuro. Quero fazer um feitiço pra que nada mais volte a andar. Quero ficar assim, no parado. Sei com medo que o que trouxe ele aqui foi esse meu jeito; Meu jeito de gostar do jeito dele. Acenderia mais um cigarro se não tivesse feito isso com os ultimos 20 nas ultimas horas.
A noite vai ser longa...

Um comentário:

  1. mais um texto fooda ;D uma mistura de perturbador com algo ainda assim romantico

    sabia, que sem querer você usou figuras de linguagem (coisas que poetas usam pra incrementar os poemas)

    Drii se você ler algo de algum poeta Byroniano ou ler algo do Manuel Bandeira você vai encontrar pessoas que usam do seu estilo de escrita =D fikdik

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